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Três chapas já estão registradas para eleição suplementar em Bandeirantes (MS)

O primeiro a registrar sua chapa foi Celso Abrantes (PSD)

09/06/2025 15h19 Atualizada há 2 semanas
Por: Diário de Três Lagoas Fonte: Redação
Celso Abrantes (PSD), à esquerda; Tatiane Miyasato (MDB), ao centro; e Flávio Paiva (Democracia Cristã), à direita – Foto: Divulgação.
Celso Abrantes (PSD), à esquerda; Tatiane Miyasato (MDB), ao centro; e Flávio Paiva (Democracia Cristã), à direita – Foto: Divulgação.

Três candidaturas já foram oficialmente registradas para a eleição suplementar à Prefeitura de Bandeirantes, no Mato Grosso do Sul. A disputa, marcada para o dia 6 de julho, ocorre após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determinou nova eleição no município. O prazo final para registro de candidaturas termina nesta segunda-feira (9), e até o momento, os partidos Democracia Cristã, MDB e PSD confirmaram seus candidatos.

O primeiro a registrar sua chapa foi Celso Abrantes (PSD), que já havia concorrido nas eleições anteriores e ficou em segundo lugar. Ele terá como vice o empresário Marinho Serpa (PL). Natural de Paranavaí (PR), Celso tem 52 anos e é casado. Sua coligação reúne os partidos PSD, Podemos e Republicanos. Segundo declaração à Justiça Eleitoral, o candidato possui um patrimônio estimado em R$ 1,5 milhão.

Pelo MDB, a candidata registrada é Tatiane Miyasato, ex-vice na chapa de Álvaro Urt (PSDB), cuja candidatura foi indeferida pela Justiça Eleitoral. Tatiane é casada, tem 49 anos e nasceu em Corumbá. Sua vice será Elaine Montagna, também do MDB. A coligação conta com o apoio do PP, PRD e PSB. Tatiane declarou à Justiça Eleitoral possuir R$ 85 mil em bens.

Já o Democracia Cristã confirmou o nome de Flávio Gonçalves Paiva como candidato. Servidor público estadual, Flávio tem 57 anos, é casado e natural de Campo Grande. Ele terá como vice Marcelo Severo, do partido Agir. A chapa é formada exclusivamente pela aliança entre Democracia Cristã e Agir. Flávio declarou não possuir bens registrados em seu nome.

O cenário político local foi marcado por tentativas frustradas de consenso em torno de uma candidatura única. A articulação foi liderada por nomes estaduais, mas acabou desfeita devido à falta de acordo entre lideranças partidárias, especialmente dentro do PSDB. Um grupo do partido defendia apoio ao PSD, enquanto outro se opunha à ideia por divergências decorrentes da cassação do então prefeito eleito, Álvaro Urt. Com a disputa interna sem resolução, o PSDB optou por não apoiar nenhuma chapa.

Outro impasse ocorreu no PP, que chegou a indicar Marcelo Abdo como vice, mas recuou pouco tempo depois. Diante da indefinição, o MDB decidiu seguir com chapa pura, confirmando sua candidatura sem alianças externas.

A nova eleição foi determinada pelo TSE após o indeferimento definitivo do registro de candidatura de Álvaro Urt (PSDB), que havia vencido a última eleição, mas teve a candidatura impugnada. A decisão foi tomada pelo ministro André Mendonça, relator do caso, que reafirmou que cabe à Justiça Eleitoral julgar a elegibilidade dos candidatos. Esta é a segunda vez que Álvaro tem o registro cassado — a primeira ocorreu em 2020, também resultando em nova eleição.

A Justiça Eleitoral divulgou o calendário oficial do pleito. As convenções partidárias ocorreram entre 31 de maio e 6 de junho. A propaganda eleitoral será permitida de 14 de junho a 5 de julho, e nos meios de rádio e TV, entre 15 de junho e 3 de julho. A votação está marcada para 6 de julho. A prestação de contas deve ser entregue até 11 de julho, com julgamento até 26 de julho. A diplomação dos eleitos ocorrerá até 29 de julho, e a posse deve ser realizada até 1º de agosto.

Com isso, o período entre as convenções e a eleição será de apenas 37 dias, e todo o processo, até a diplomação, será concluído em 60 dias.